Nas proximidades da Porta do Soar, no antigo terreiro da Erva, a devoção a Nossa Senhora dos Remédios foi a principal orientação para o povo viseense edificar uma pequena capela com características sui generis na arquitetura religiosa da cidade, nomeadamente na sua planta de cariz octogonal. A sua construção da primeira metade do século XVIII, coube aos mestres pedreiros Manuel Ribeiro e Manuel Lourenço que, através das esmolas do povo, deram forma ao templo, como nos lembra a inscrição do lintel da porta principal. O seu interior encontra-se decorado com painéis de azulejos e retábulos de talha dourada que refletem a religiosidade das gentes de Viseu.

Arquitectura religiosa, barroca. Construida com o apoio das esmolas dos devotos. Capela de planta centralizada, octogonal de uma nave coberta por cúpula hemiesférica e capela-mor com abóbada de berço. Sacristia em corpo diferenciado, adossado lateralmente. Fachada principal com portal de verga recta, encimado por óculo. Nas faces imediatas, duas janelas. O octógono é definido por cunhais apilastrados e rematado por friso e cornija. Simetria perfeita no interior. Retábulo tardo-barroco de talha policromada, a imitar marmoreados. Silhar de azulejos azuis e brancos com temática hagiográfica. A imagem da Virgem com rosto infantil, é do século XV, cinzelada em calcário.