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A abóbada da galilé é um notável exemplo do engenho dos mestres canteiros da arquitectura gótica; os seus arcos ogivais entrecruzam-se fonnando três estrelas de quatro pontas.
Galeria aberta em arcaria, servia noutros tempos como espaço de abrigo, onde se realizavam reuniões e certas cerimónias religiosas.
A galilé foi construída entre meados do século XV (inícios do século XVI) pelo arcebispo D. Jorge da Costa e, desde então, não sofreu grandes alterações, excepmando as grades da arcaria, que aí foram colocadas, no séc. XVill.
Estas grades foram mandadas fazer pelo arcebisp D.Diogo de Sousa, no séc. XVI, para separar a capela·mar do transepto e D. Rodrigo de Moura Teles transferiu-as para a galilé, no séc. XVIII
A decoração exterior foi completada pelo arcebispo D.Diogo de Sousa (irúcios do séc. XVI) que mandou colocar, na platibanda da galilé, edículas com as esculturas dos primeiros prelados da diocese de Braga: (da esquerda para a direita).
Na arquitectura românica, o portal das igrejas possuía particular importância no conjunto exterior do edifício. O portal simbolizava o limite entre dois espaços:
o exterior - o mundo profano
o interior do templo - o mundo divino
Esta função simbólica era concretizada através da decoração cuidadosamente elaborada do tímpano e das arquivoltas dos arcos.
As figuras e os simbolos esculpidos na pema transmitiam uma "mensagem didáctica" que iniciavam o crente nos ideais da fé preparando-o para a entrada no espaço divino.
Do antigo pórtico românico do séc. XII restam apenas as arquivoltas, visto o tímpano ter sido dstruído no séc. XVI. Na sua decoração encontramos representados diversos tipos de figuras reais e imaginárias.
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