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Termas Publicas. No estabelecimento público mais monumental da cidade, se o banhista de Conimbriga pretendesse consumar o seu ritual de banho diário, iria encaminhar-se até à rua a Norte das termas e entrava pela grande porta que dava acesso directo a uma ampla área (de 859 m2) de planta rectangular ocupada ao centro pela grande natatio, de 15,90 m por 10,75 m com sete degraus de acesso ao seu interior. Percorria esta “esplanada” até à zona porticada e poderia escolher entre duas portas de acesso ao frigidário, onde se despiria e poderia deixar os seus pertences nos nichos que se reconstituem na parede Sul desta sala. Este ambiente teria a dupla função de frigidário e apoditério. Nesta sala poderia escolher a porta da direita (Oeste) ou da esquerda (Este) e entrar no tepidário de planta rectangular, e depois da passagem pelo ambiente tépido, poderia optar entre entrar no caldário propriamente dito ou no laconicum que se situa a Este do tepidário. Este laconicum de estrutura semelhante ao das termas da muralha, mas de dimensões monumentais, insere-se num círculo interno de 9 m, decorado com quatro êxedras de planta semi-circular cujos diâmetros são irregulares. Diametricamente oposto ao laconicum encontraria um segundo tepidário de planta circular, com 6,46 m de diâmetro interior.
Caso optasse por entrar directamente no caldário, o banhista teria uma sala rectangular ladeada por dois alvei de água quente, onde poderia banhar-se. Por fim deveria percorrer em sentido inverso todo o espaço longitudinal do sector termal para aceder novamente à grande piscina e banhar-se na água a temperatura ambiente. Da natatio ia, por um pórtico situado a Oeste e descendo uma escadaria monumental, até à palestra, onde certamente podia usufruir da impressionante paisagem.
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