Até o final do século XIX, o bairro da Urca simplesmente não existia, porque as águas da baia de Guanabara batiam diretamente nas rochas que circundam os morros da Urca e o Pão de Açúcar. Para para se ter acesso à Praia de Fora e à Fortaleza de São João, era necessário ir diretamente por mar.
Entre 1870 e 1880, o comerciante português Domingos Fernandes Pinto sonhou em transformar o local num novo bairro, ou melhor, numa nova cidade, com os prédios obedecendo "a um novo estilo, elegante e artístico". Em 2 de março de 1895, ele assinou contrato com o município para a construção de um cais, ligando a Praia da Saudade, em frente ao Instituto Benjamim Constant, à Escola de Aprendizes de Artilheiros, na Fortaleza de São João. Mas esta obra foi embargada pelo Exército, com a alegação de que a obra prejudicaria a defesa do forte. (Como se viu mais tarde, o bairro em aterro criou um acesso mais direto àquela área militar). Em 1919, foi assinado um novo contrato com a prefeitura, mas Domingos Fernandes Pinto não pôde cumpri-lo.
Em 1921, o engenheiro Oscar de Almeida Gama constitui a Sociedade Anônima Empresa da Urca, para construção de um cais, ligando a praia da Saudade (na entrada do bairro) à Fortaleza de São João, nos termos do contrato de 1919. Entre as cláusulas do contrato para a construção do bairro da Urca estava construir uma escola para 200 alunos, que veio a ser a Escola Minas Gerais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morro_da_Urca