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Estamos perto da antiga aldeia de Vilarinho da Furna, que ficou debaixo de água com a construção da Barragem em 1971. Foi uma aldeia comunitária, cujas origens se perdem nas brumas da memória, desconhecendo-se a sua antiguidade. Nas Inquirições de 1220, de D. Afonso II, e de 1258, D. Afonso III, há referências à freguesia de São João do Campo, mas nada se encontra respeitante a Vilarinho da Furna. Mas, no Arquivo Distrital de Braga, encontra-se a primeira referência a Vilarinho, no Tombo da Igreja de São João do Campo, de 1540, bem como os Arquivos Paroquiais, a partir de 1623. Parece que chegou a ser uma freguesia autónoma do concelho de Terras de Bouro, tendo, posteriormente, passado a ser uma aldeia da freguesia de São João do Campo. E sabe-se que era a última povoação por que passava a célebre “Jeira” antes de entrar na Galiza, a antiga via militar de Braga a Astorga.
Na evolução humana, a organização comunitária corresponde a um ciclo cultural resultante da passagem do pastoreio nómada à agricultura sedentária. Em Vilarinho da Furna conservou-se, até 1971, uma organização comunitária bastante perfeita, o que denota a superioridade de uma economia que conjuga as potencialidades das economias pastoril e agrícola, sistema de organização comunitária, outrora muito espalhado na Europa.
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