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Os fornos do povo, dentro da área do PNPG, surgem, sistematicamente, nas zonas de cereal de sequeiro, tradicionalmente de pão de centeio, ou seja nas areas dos concelhos de Melgaço e Montalegre.
O pão de centeio menos durável que o pão de milho (o pao de milho aguenta mais de uma semana depois de cozido, sem endurecer demasiado e sem azedar) obriga a fornadas frequentes. Sendo o trabalho de preparação e aquecimento do forno uma tarefa morosa, impraticável no dia-a-dia, as populações das zonas de centeio encontram nos fornos comunitários, uma forma de rentabilizar esforços. Antigamente estes fornos estariam ligados em continuo.
Localizam-se dentro do aglomerado, possuindo cada aldeia o seu forno. São construções independentes, obra da comunidade. O forno quando aceso, cozia o pão para várias pessoas, e durante o tempo de espera convertia-se em espaço de convivio.
São de um piso, planta rectangular, paredes duplas em alvenaria, com arcos que sustentam o peso da cobertura em lajes de granito, outros usam tesouras de granito como suporte da cobertura. Estes arcos ou tesouras acentam em contrafortes salientes, e por isso recordam as construções das capelas romanicas.
Num dos extremos, situa-se o forno, ao qual na maioria dos casos corrsponde uma parede de forma arredondada. Nas paredes laterais, no seu interior, uma placa de granito achatada e encastrada na parede, serve como banca de trabalho e banco de espera.
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