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O nome da Sala Renascença advém dos azulejos que a revestem, que mostram um padrão criado por dois paralelogramos e um quadrado, com as cores azul, verde e branco. A inspiração terá vindo, por um lado, das próprias fachadas da cidade, que no século XIX assumiam padrões semelhantes a este. Por outro, a ilusão de óptica provocada pelo mosaico de azulejos evoca o Renascimento europeu, época de explosão cultural, artística e científica em que se começou a explorar verdadeiramente o uso da perspectiva na pintura. E há ainda, como referência possível, a Op Art, corrente artística que, na década de 60 do século XX, trabalhou os efeitos naturais da perspectiva cavaleira e isométrica para criar confusões oculares, sensação de volumes e vibrações ópticas tão fortes que chegavam a sugerir movimento.
A Sala Renascença é, antes de mais, um ponto de passagem que estabelece a ligação entre dois espaços fundamentais na Casa: a Cibermúsica e o Foyer Poente. Foi pensada e construída para ser mais um bar da Casa da Musica, o qual surgiria sempre que o número e a circulação de público, nomeadamente em eventos com concertos simultâneos, o exigisse. Problemas relativos às dimensões dos acessos e aos equipamentos de cozinha impediram, no entanto, o seu licenciamento como bar.
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