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A arquitectura de interiores e decoração da casa fazem dela talvez o mais notável exemplar de árt déco em Portugal. Tardia, face à cronologia de referência desse estilo, na Europa, ela explica-se pelo percurso e pelos contactos do proprietário e também pela morosidade de construção da obra. De facto, o 2º Conde de Vizela tomou contacto com os cânones desse estilo em França, onde residiu, tendo mesmo estado na exposição de referência da art déco, em Paris, em 1925. Na sequência, chamou à consecução do seu projecto alguns dos nomes mais notáveis, no panorama artístico internacional de então.
A Émile-Jacques Ruhlman se deve a concepção da sala de jantar, do hall, do salão, do vestíbulo e da sala de bilhar. Alfred Porteneuve, provindo do mesmo atelier, terá dado a Serralves o seu carismático tom rosa. A grande clarabóia do tecto do hall do primeiro andar, é de René Lalique