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O interior do edifício desenvolve-se em três pisos: um piso enterrado, que alberga a cozinha, a despensa e os locais de serviço; um piso térreo, onde se encontram todas as salas de estar, de jantar, átrios e biblioteca; um primeiro piso, que corresponde à zona privada.
O visitante provindo da rua pela entrada principal, relativamente obscura, teria uma primeira percepção da estrutura da casa e da sua relação com o jardim, a partir do imponente hall central de duplo pé direito. Olhando em frente, através da vasta janela exterior, vislumbra-se o parterre central e o parque. Voltando à direita, contempla-se o vasto salão que se prolonga, através da janela, no parterre lateral.
A zona íntima da casa adivinha-se mais do que se vê, através da galeria que no piso superior contorna este átrio. À esquerda, vencendo-se um pequeno desnível, abre-se a notável sala de jantar, debruçada sobre o jardim e, do outro lado e voltada à rua, a sala de bilhar. Para lá delas, um portão de ferro forjado, da autoria de Edgar Brandt, separa desta zona social as zonas mais íntimas da casa: o andar superior, mas também a biblioteca e áreas de serviço ainda no piso térreo.