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A Estação Ferroviária de S.Bento sendo especialmente célebre pelos seus painéis de azulejo.O edifício, de influência francesa, é obra do arquitecto portuense José Marques da Silva. A estação entrou ao serviço, de forma provisória, no dia 8 de Novembro de 1896, só tendo sido oficialmente inaugurada em 5 de Outubro de 1916. O projecto para a nova estação foi apresentado em 1897. Expropriações e a construção do Túnel Avé Maria da linha atrasaram a construção da estação, tendo existido uma estação provisória. Em 1896 é demolido o antigo Convento de S.Bento e nesse ano é inaugurada a estação provisória. O Projecto de Marques da Silva tinha se iniciado em 1888, mas só em 1897 é que é visto pelo Concelho de Obras Públicas. Em 1898 Marques da Silva apresenta as alterações pedidas para redução de custos, incluindo Telegrafos e Correios no mesmo edificio. Entre o projecto inicial, e o final este projecto sofreu cerca de 5 soluções de volumetria, de forma a incluiram o serviço de correios e telegrafos.
O átrio principal da estação está revestido de azulejos de temática histórica. Cobrindo uma superfície de cerca de 551 metros quadrados, representam, principalmente, cenas passadas no Norte do país, estando retratados, entre outros aspectos, o Torneio de Arcos de Valdevez (painel Batalha de Arcos de Valdevez), a apresentação de Egas Moniz com os filhos ao Rei Afonso VII de Leão e Castela, no Século XII, a entrada de D. João I e de D. Filipa de Lencastre no Porto (painel Entrada de João I no Porto), em 1387, a Conquista de Ceuta, em 1415, e a vida tradicional campestre (painéis Vistas e Cenas Rurais); um friso colorido (História dos Transportes) dedica-se à evolução dos transportes em Portugal, concluindo com a inauguração dos caminhos de ferro.
Foram produzidos na Fábrica de Sacavém e instalados entre 1905 e 1906 pelo artista Jorge Colaço, que, nessa altura, se afirmava como o mais popular azulejador em Portugal. Os azulejos apresentam um estilo típico da Arte Nova, utilizando cores muito claras, conhecidas como cores-pastel.
Além dos azulejos, outros aspectos a destacar na estação são a cobertura sobre as vias e a monumental fachada, que, como a maior parte das obras de Marques da Silva na cidade do Porto, apresenta uma forte influência francesa, que se verificou especialmente nas torres laterais, com um estilo típico da Escola de Fontainebleau, oscilando entre a Arquitectura renascentista e a Belle Époque.