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Igreja romanica construída sobre um templo pré-romanico. A sua construção inicial deve-se ao Conde D.Henrique de Borgonha, é portanto anterior ao Reino de Portugal. É um exemplo importante do estilo romanico em Portugal, embora dificil de descodificar, pelas variadas operações ao longo da sua vida.
Esta Igreja foi construída sobre um templo pré-romanico dos séculos VIII ou IX. Em 1100 a igreja e convento são oferecidos por doação do borgonhês Conde D.Henrique ao Priorado beneditino de La Charité-sur-Loire, da ordem de Cluny. O edifício românico é iniciado, ganhando maior projeção, em determinado assim século XII, com o apoio do rei D.Afonso Henriques e sob a tutela dos monges franceses. Este é um apreciável exemplar do estilo românico do nosso país, de robusta construção, com três naves, um pseudotransepto e uma coleção interessante de motivos escultóricos nos arcos, portais e capitéis. O tímpano tem uma representação de Cristo em Majestade.
Segundo a tradição, Pedro de Rates teria sido um dos primeiros convertidos por São Tiago na Península Ibérica. No tempo do imperador Calígula, São Tiago sagrara Pedro como bispo de Braga e ter-se-ia fundado uma pequena comunidade religiosa em Rates, onde viria a sofrer martírio e receber sepultura. A igreja atual foi construída por iniciativa dos Condes D. Henrique e D. Teresa segundo uma planta de três naves, cinco tramos e transepto. Posteriormente, verificou-se um primeiro reajustamento no sentido do modelo do plano beneditino português para igrejas de três naves. Esta transformação não terá sido levada até ao fim, procurando-se então conjugar as duas plantas o que esteve na base de anomalias numerosas e irregularidades buscadas na estrutura dos pilares, na distribuição das colunas ao longo dos muros, na colocação das frestas sobre o arranque dos pilares, na aplicação dos contrafortes, bem como na falta de uniformidade dos alçados.
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