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Igreja Matriz de Santo Antonio
Caraguatatuba
Eis como está registrado no Livro do Tombo desta Paróquia, que relata a criação do Município. Em 1600, começa a crescer a primeira Vila nesta Caraguatatuba, quando sobreveio uma epidemia que dizimou parte dos moradores. Desanimado, o restante do povo mudou-se para Ubatuba, levando consigo o Cartório deste lugar e lá elevaram uma nova freguesia. Passado algum tempo e de volta para cá, estabeleceram-se novamente aqui e pela Lei Provincial nº. 18 de 16 de março de 1847 a Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba foi reconhecida Freguesia pertencendo ao Termo de São Sebastião. Por outra Lei Provincial nº. 30 de 20 de abril de 1857, foi elevada à Categoria de Município, distando quatro léguas de São Sebastião, e oito léguas de Ubatuba. O vilarejo não tem Cadeia, nem Casa de Câmara, não tem outros edifícios. Tem do lado sul um ribeirão que passa por trás da Matriz pelo lado sul 40 a 50 braças e despeja no mar, e pelo lado norte um outro ribeirão denominado Guaxinduba, que também desemboca no mar. Suas lavouras são: cana, café, mandioca, milho e alguns legumes. Dos arquivos da Paróquia, sabemos que Santo Antônio é o Padroeiro e que a Vila começou com a Igreja e que a cidade tem o nome de Santo Antônio de Caraguatatuba desde os primórdios. A primeira visita pastoral conforme registro no verso da primeira página do Livro do Tombo, aconteceu no dia 20 de outubro de 1853 pelo Reverendíssimo Bispo Dom Antonio Joaquim de Melo que escreveu: Ïazemos saber que no dia 20 de outubro de 1853, visitamos pessoalmente a Igreja Matriz Santo Antônio de Caraguatatuba, em presença do Reverendíssimo Pároco Pe Manoel Antonio da Silva e o povo da mesma. Tudo achamos com muita pobreza. Determinei portanto que fosse nomeado todos os anos um Festeiro para o Padroeiro.%D Na parte litúrgica, Dom Antonio Joaquim de Melo destacou a orientação dada aos adultos, catequese para as crianças e missa cantada na Festa do Padroeiro. A Capela Mor já estava pronta e neste mesmo ano em novembro, já haviam sido construídos 33 palmos de parede lateral até a altura de 12 palmos, com 3 janelas e a porta que dá para Coro, 44 palmos de frente, na altura de 4 palmos e também 32 palmos, com altura de 12 palmos na Torre. (conforme Ofício de 22 de janeiro de 1858 da Câmara Municipal à Assembléia Provincial). Com ajuda do povo, o corpo da igreja em construção, começou a receber auxílio das autoridades. Os apelos da Câmara Provincial foram também mais freqüentes. Em 1860 todas as paredes concluídas, prontas para receberem madeiramento para o telhado (ofício de 31 de janeiro de 1860). Atas da Sessão de Câmara de 21 de janeiro de 1862, 31 de outubro de 1862 e 11 de agosto de 1862. Coberta a igreja, pelo ano de 1863, novos esforços do povo para que o templo fosse concluído (Ofício da Procuradoria da Câmara de 14 de fevereiro de 1863). Atas da Câmara de 15 de dezembro de 1863, 22 de fevereiro de 1864 e 08 de abril de 1864. Nos anos de 1866 e 1867, a Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba, tinha como vigário o Padre Manoel Esteves de Pociuncula que, com auxílio da Câmara (sessão ordinária de 05 de dezembro de 1867) restaurou o velho telhado da Capela Mor Pe. Manoel Esteves de Pociuncula em 1870 registrou no livro do Tombo nº. 01 página 32V, os óbitos, casamentos e batizados de brancos e escravos, desde 1852, com o nome de Freguesia de Santo Antônio de Caraguatatuba. Tendo tomado posse o Reverendíssimo Pe. João Vicente Cabral, conseguiu em setembro de 1871, a nomeação de uma comissão de obras que em janeiro de 1872, apresentou orçamento de: um conto de reis para assoalho e forro da Capela Mor e Sacristia; dois contos de reis para o forro do corpo da igreja e assoalho; reboco e caiação; um conto e quinhentos reis para o frontispício (fachada principal); quatro contos de reis para a torre. Os pedidos às autoridades eram via Câmara Municipal para a Assembléia Provincial de São Paulo. O povo ajudava com dinheiro e material. Na Lei do Orçamento de 1875 foram votados dois contos de reis em favor da Matriz para reparos e paramentos. E concluída a obra na Matriz passou-se a cuidar de suas alfaias. Em 1877, falava-se de novo em reforma do telhado, frontispício e assoalho. E nem se passava ainda uma década, o templo estava sem condições, devendo o vigário celebrar numa casa particular. Eis o que diz o requerimento do Pe João Vicente Cabral de 11 de março de 1886, endereçado ao Reverendíssimo Sr. Bispo Dom Lino Deodato Rodrigues Carvalho "... Achando-se a respectiva Matriz inteiramente arruinada e imprestável, precisando de reconstrução e não de uma nova, não tem o pároco onde celebrar o Santo Sacrifício da Missa e exercer outros atos paroquiais e atos religiosos, em cuja falta muito sofre o povo, convindo por isso remediar tais inconvenientes, para que o Sr. Pároco obtenha uma casa em condições decentes, para nela provisoriamente celebrar, administrar os sacramentos e exercer outros atos religiosos, até que se consiga a reconstrução da Matriz pelo que o Sr. Pároco solicita de Vossa Excia Revma., licença a fim de se utilizar a dita casa para o objeto requerido." São Paulo, 11 de março de 1886 (Livro do Tombo 1 pág. 91) História de Nossa Paróquia - Como tudo começou... Pertencente à Comarca de São Sebastião, a Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba consistia numa praça com duas ruas e um beco. Se contarmos da data de fundação ocorrida entre 1663/1664 (onde foi realizada a parada), foram encontradas casas de escravos e índios, a Capela de Santo Antônio com oratório, já se passaram mais de 344 anos. Já nessa época, surgia um povo forte, solidário, caridoso, altruísta e cheio de determinação. Decorridos mais de 116 anos, foi dada a ordem de erigir aqui, uma cidade com todos os prédios necessários e uma igreja, que na verdade já existia. Em 1847, o Conselho de Sua Majestade, decretou uma lei elevando a Capela de Santo Antônio de Caraguatatuba. Dez anos depois, a Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba, foi elevada a Município, com promulgação em 20 de abril de 1857 (data que se comemora a Emancipação Político Administrativa da cidade). Segundo relatos documentados pertencentes à Igreja, a Matriz Santo Antônio já pertenceu à Arquidiocese de São Paulo, Diocese de Taubaté, Diocese de Santos e tendo a frente Dom José Carlos Castanho de Almeida da Região Episcopal do Litoral Norte em 1999 e atualmente Diocese de Caraguatatuba. Desde a sua criação, a Igreja Matriz Santo Antônio de Caraguatatuba, teve um forte envolvimento participativo direto na construção e história da cidade, como na criação do Cemitério Municipal, na Santa Casa de Misericórdia Ìasa de Saúde Stella Maris%D, Asilo Vila Vicentina, Fórum, Asilo Santo Antônio (hoje Pró Vida) e na construção de muitas capelas. Como mãe, gerou as Paróquias São João Batista em 1983, através de luta de Pe André Afonso Maria Butti, no Bairro Poiares; Igreja Divino Espírito Santo com esforços de Pe Miguel Rosseto no Bairro Indaiá e tornada Catedral Divino Espírito Santo com a criação da Diocese em 1º de maio de 1999.
Copyright: Emilio Campi 360 Total
Type: Spherical
Resolution: 13256x6628
Taken: 13/02/2011
Загружена: 13/02/2011
Published: 13/02/2011
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Tags: caragua; caraguatatuba; matriz; santo antonio; praça; emilio campi
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